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sábado, 26 de novembro de 2011

Redação (narrativa): Fatalidade ou predestinação?

             Continuando o projeto da semana de redação do blog, hoje estou postando uma redação que produzi há algum tempo e que achei oportuno fazer isso agora. É uma narrativa em discurso indireto.
            Espero que este propósito e realização seja útil às pessoas que desejam aprimorar seus conhecimentos acerca da redação escolar, principalmente os que ainda estão nas salas de aula ou os que estão prestando exame vestibular.



Fatalidade ou predestinação?


            Patifalda nascera numa pequena cidade do interior paraense, chamada Silves, em fins do ano de 1980. Sem recursos nem alternativas para escolher uma vida melhor, por volta dos 18 anos deixou sua terra natal e veio para Belém, onde esperava dar continuidade aos estudos e conseguir um bom emprego, quem sabe até casar-se e ser feliz, como muita gente, aliás.
            Em Belém, Patifalda, cabocla franzina e bem apessoada, morena de média estatura e de cabelos longos e negros, empregou-se como babá, em casa de família rica. Concluiu o ensino médio e matriculou-se num curso preparatório ao exame vestibular. Tudo ia bem em sua vida, até namorava um homem maduro e bem estabilizado na vida. Mas ela sonhava alto: queria avançar mais nos degraus da vida.
            Conseguiu um outro emprego, numa empresa multinacional. Com bom salário e certo prestígio, alugou um apartamento, modesto, mas confortável e começou a adquirir bens de consumo. Sentia que a sorte estava mesmo do seu lado. Também já sonhava com sua formatura, um dia, como advogada.
            A fatalidade, porém, a esperava. A empresa fechou sua filial em Belém e ela desceu do céu ao inferno dos velhos problemas do passado: privações, desconforto, constrangimento. Agora, sem bens e sem onde morar, ela foi parar na casa de uma amiga, temporariamente. A sorte a abandonou. E agora ela rememorava o passado recente e promissor e pensava em todos os belos sonhos que idealizara, e concluía que sonhar é bom, entretanto a vida não é como nós queremos: entre sonho e realidade, existe um anjo mau que resiste ao nosso desejo.


(Pimentel)

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