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sexta-feira, 29 de julho de 2011

A morte da escola. (texto 4)

A MORTE DA ESCOLA



      É muito interessante lembrar a história de um clube que estava prestes a ir à falência, e os sócios se reuniam nas esquinas, nos bares, nas praças, em qualquer lugar para apontarem os culpados. Cada qual gritava mais alto que o culpado só podia ser o fulano. Conversa vai, conversa vem, e a situação só piorava. O tempo passava e nada de solução.
      O diretor do clube resolveu marcar o dia do enterro da instituição. Todos se assustaram, porém, ficaram curiosos para ver a cara do defunto. No dia e hora marcados, sócios e até não-sócios lá estavam para a solenidade do velório.
      No meio de uma sala colocaram um enorme caixão preto aberto e o diretor organizou a fila dos presentes para o último adeus.
      Muitas flores e muitas expectativas. À medida que foi dada a ordem para olharem dentro do caixão, a decepção foi geral. O corpo do defunto estava coberto de flores, mas no lugar do rosto, havia simplesmente um espelho. Cada qual se mirava no espelho, levava um susto e saía pensativo. Serviu de lição a ideia, porque, em muito pouco tempo, o clube “ressuscitou” e ninguém se esqueceu de que a responsabilidade de uma instituição pertence a cada um.
      Seria necessário marcar o enterro de nossa escola?
      Quem seriam os culpados por tantos fracassos acumulados?
      Os momentos são de expectativas e tensões e se sabe que as soluções existem. Precisa-se trabalhar intensamente antes que os defuntos se tornem irrecuperáveis.

A.D.

Colaboração: Pimentel

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