ALGUÉM PASSOU
Guilherme
de Almeida
ALGUÉM passou. E a sua sombra,
como um manto que tomba
de um gesto lânguido ficou no meu caminho.
Ora, o sol já se foi e a noite vem devarinho.
E no entanto
a sombra continua,
nítida e nua,
atirada na terra como um manto.
Faz frio.
Corre pelo meu corpo um áspero arrepio...
E um desejo me vem, tímido e louco,
de agasalhar-me um pouco
nesse manto de sombra morna...
Mas alguém
volta na noite pálida:
volta para buscar sua sombra esquecida.
É dia. E, pela estrada melancólica e árida,
vai tremendo de frio a minha vida...
como um manto que tomba
de um gesto lânguido ficou no meu caminho.
Ora, o sol já se foi e a noite vem devarinho.
E no entanto
a sombra continua,
nítida e nua,
atirada na terra como um manto.
Faz frio.
Corre pelo meu corpo um áspero arrepio...
E um desejo me vem, tímido e louco,
de agasalhar-me um pouco
nesse manto de sombra morna...
Mas alguém
volta na noite pálida:
volta para buscar sua sombra esquecida.
É dia. E, pela estrada melancólica e árida,
vai tremendo de frio a minha vida...
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