Sete
reflexões sobre o uso da água
1. A década de 70
foi marcada pelo despertar das preocupações ambientais. Até o início dos anos
80, as questões relacionadas ao uso da água (geração de energia, abastecimento doméstico
e industrial, coleta de esgoto, lazer) e seu manuseio não levaram em conta as
consequências ambientais.
2. A contradição é
tamanha que mesmo com toda a chuva que cai, por exemplo, em São Paulo, a
contaminação da água superficial e subterrânea é tanta que, para o
abastecimento da região metropolitana a água é buscada a mais de 150 km de distância.
Ou seja, a chuva que deveria ser uma bênção é um fator de destruição e de
risco.
3. Hoje não existe
mais água no mundo do que havia há 21 séculos, quando a população era menor do
que 3% do que é hoje. Se a água vai continuar tendo a mesma quantidade, é bom lembrar
que a população continuará crescendo.
4. O Brasil, no
todo, é um País rico em água. Dispõe de 12% de água doce superficial do mundo,
mas tem vivido uma ilusão de abundância a despeito das diferenças de má
distribuição pelo seu território.
5. Mesmo nas regiões
caracterizadas como de água abundante, a água está se tornando escassa porque
sua qualidade deteriora. Essa é uma questão ambiental grave e do momento.
6. Dado importante:
a lei brasileira é considerada uma das mais avançadas do mundo contemplando as
questões básicas da sustentabilidade do uso da água. Hoje não se pode fazer a
gestão dos recursos hídricos independente da gestão do uso do solo e sem que os
usuários participem do processo decisório quanto ao planejamento dos usos.
7. Hoje não se pode
mais planejar um único uso sem considerar as múltiplas finalidades da água,
como abastecimento, geração de energia, navegação, lazer, pesca e proteção ao
ecossistema.
(Folha do meio
ambiente – abril de 2013)
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