“Ideias latentes”
Queria beijar a boquinha da noite
Queria ter um pé-de-vento cheiroso
Queria deflorar a mata mais virgem
Queria beijar o corpo da estante.
Sou da cor do pecado inocente e doce
Sou parecido com tua fome de moça
Sou a fogosa essência dos teus desejos
Sou o fim da tua donzelice casta.
És minha noite sensível e estrelada
O pé-de-vento que me joga no chão
A floresta densa em que sempre me perco
A estante onde nunca guardei meu sexo.
Pimentel
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