BOAS VINDAS

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domingo, 7 de agosto de 2011

Precisa-se de um amigo

Precisa-se de um/a amigo/a


      Não precisa ser mulher (ou homem), basta ser humano, basta ter sentimento, basta ter coração.
          Precisa saber falar e saber calar, sobretudo, saber ouvir.
         Tem de gostar de poesia, da madrugada, dos pássaros, do sol, da lua, do canto dos ventos e do murmúrio das brisas.
          Deve ter AMOR, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.       
          Deve amar o próximo e respeitar a dor que todos os passantes levam.
          Deve guardar segredos sem se sacrificar.
          Não é preciso que seja de primeira mão, mas que saiba dar a mão ao amigo. Pode já ter sido enganado (todos os amigos são enganados).
           Não é preciso que seja puro, mas não deve ser vulgar.
          Deve ter um ideal e jamais perdê-lo, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa.
            Tem que ter ressonância humana, seu principal objetivo é ser AMIGO.
            Deve sentir pena das pessoas tristes e compreender o imenso vazio dos solitários.
            Deve gostar de crianças, lastimar as que não puderem nascer e as que não puderem viver.
            Procura-se um amigo para se gostar dos mesmos gostos, que se comova quando chamado de amigo, que saiba conversar sobre coisas simples: de orvalhos, de grandes chuvas e de recordações da infância.
           Precisa-se de um amigo para não perder-se a calma, para se contar o que se viu de belo e de triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade.
           Deve gostar de ruas desertas, de poças de chuva, de caminhos cobertos pelo orvalho da noite, de beira de estrada e de matos depois da chuva.
          Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um AMIGO.
            Precisa-se um de amigo para poder chorar e para se viver debruçado no passado em busca de memórias queridas.
            Precisa-se de um amigo que bata no ombro, sorrindo ou chorando, mas que nos chame de AMIGO.
            Precisa-se de um amigo que creia em nós.
            Precisa-se de um amigo para ter consciência de que ainda se vive uma grande AMIZADE.


(Meimei)

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