BOAS VINDAS

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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A disciplina do amor


A disciplina do amor


Foi na França, durante a segunda Grande Guerra: um jovem tinha um cachorro que, todos os dias, pontualmente, ia esperá-lo voltar do trabalho. Postava-se na esquina, um pouco antes das seis da tarde. Assim que via o dono, ia correndo ao seu encontro e, na maior alegria, acompanhava-o com seu passinho saltitante de volta a casa. A vila inteira já conhecia o cachorro e as pessoas que passavam faziam-lhe festinhas e ele correspondia, chegava a correr todo animado atrás dos mais íntimos. Para logo voltar atento ao seu posto e ali ficar sentado até o momento em que seu dono apontava lá longe. Mas eu avisei que o tempo era de guerra, o jovem foi convocado. Pensa que o cachorro deixou de esperá-lo?  Continuava a ir diariamente até a esquina, fixo o olhar ansioso naquele único ponto, a orelha em pé, atenta ao menor ruído que pudesse indicar a presença do dono bem-amado.  Assim que anoitecia, ele voltava para casa e levava sua vida normal de cachorro, até chegar o dia seguinte. Então, disciplinadamente, como se tivesse um relógio preso à pata, voltava ao seu posto de espera. 
O jovem morreu num bombardeio, mas, no pequeno coração do cachorro, não morreu a esperança. 
Quiseram prendê-lo, distraí-lo. Tudo em vão. Quando ia chegando aquela hora, ele disparava para o  compromisso  assumido, todos os dias.
Com o passar dos anos (a memória dos homens!), as pessoas foram se  esquecendo do jovem soldado que não voltou. Casou-se a noiva com um primo. Os familiares voltaram-se para outros familiares. Os amigos, para outros amigos. Só o cachorro, já velhíssimo (era jovem quando o jovem partiu), continuou a esperá-lo na sua esquina. As pessoas estranhavam, mas quem esse cachorro está esperando?... Uma tarde  (era inverno), ele lá ficou, o focinho voltado para aquela direção.


      (TELLES, Lygia Fagundes. A disciplina do amor.
Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1980, p.99)

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Soneto da fidelidade

      
Soneto da fidelidade



















De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa dizer do meu amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Pacto cidadão pela vida no trânsito


Pacto cidadão pela vida no trânsito

(Respeite a vida)


I – Dicas para o condutor de veículo de quatro rodas:

1. Motorista consciente respeita quem está a pé.  Pare e deixe o pedestre atravessar a faixa com segurança;
2. Use sempre o cinto de segurança. Você e todos os ocupantes;
3. Se não houver cinto de segurança para todos, isso indica que há passageiros demais no veículo;
4. Mantenha distância do carro que vai à sua frente. No caso de uma freada brusca, esta distância será a diferença entre colidir ou não;
5. Em chuva ou neblina, atenção redobrada, faróis baixos e velocidade moderada;
6. Menores de 10 anos devem ir no banco de trás, com cinto de segurança;
7. Mantenha a sua documentação e a de seu veículo sempre atualizados;
8. Não fale ao celular enquanto estiver dirigindo, em nenhuma situação. Se isso for extremamente necessário, pare o carro em lugar seguro.

II – Dicas para o motociclista:

1. Atenção aos motoristas à sua volta. Lembre-se de que em cruzamentos  sem semáforos, a preferência é sempre do pedestre;
2. Pare antes da faixa;
3. Use roupas claras e protetoras;
4. Use capacete com proteção para os olhos;
5. O passageiro deve manter-se agarrado à sua cintura e usando capacete;
6. Não transporte crianças de até 7 anos de idade;
7. Veículo motorizado tem de ser conduzido por motorista habilitado, até mesmo os ciclomotores;
8. Não transporte mais de um passageiro.

III – Dicas para o ciclista:

1. Utilize as ciclovias ou ciclofaixas. Onde não existirem, ande próximo ao meio-fio e no sentido dos veículos (não na contra-mão);
2. Você também é condutor e deve parar o pedestre atravessar a faixa com segurança;
3. Se não estiver montado na bicicleta, você tem os mesmos direitos e deveres dos pedestres. Fique atento!
4. Use roupas claras à noite e fique mais visível para os motoristas;
5. Atenção para as portas que se abrem (de maneira irresponsável, por motoristas desatentos ou abusados) de carros estacionados;
6. Sinalize suas manobras: virar à direita, à esquerda ou parar;
7. Quando em grupo, siga sempre em fila única;
8. Capacete, joelheiras, cotoveleiras e luvas reduzem os riscos de ferimentos graves;
9. Na bicicleta, utilize adesivos reflexivos.

IV – Dicas para o pedestre:

1. Na faixa de pedestre sem semáforo, a vez é de quem está a pé;
2. Na hora de atravessar a faixa, dê sinal para os motoristas, levantando o braço;
3. Embora você tenha preferência na faixa de segurança, somente inicie a travessia quando os veículos estiverem parados;
4. Utilize as passarelas. Se não houver, atravesse a rua utilizando a faixa de segurança;
5. Nunca atravesse em curvas, túneis, pontes e viadutos;
6. Se estiver em grupo, ande em fila única;
7. Nas rodovias, ande pelo acostamento e em sentido contrário aos veículos;
8. À noite, use roupas claras;
9. Na travessia, segure as crianças pelo punho para não escorregarem.


Fonte:  Panfleto produzido pelo DETRAN/Secretaria Especial de Defesa Social do Pará.

Colaboração:  Pimentel  -  18/10/04

domingo, 28 de agosto de 2011

Perguntas difíceis, mas boas para reflexão


PERGUNTAS DIFÍCEIS, MAS BOAS PARA REFLETIR

1) Se você conhecesse uma mulher grávida, que já tivesse 8 filhos, 2 dos quais eram surdos, os outros dois cegos e um que era retardado, e ela tivesse sífilis, você recomendaria que ela fizesse um aborto?

Leia a próxima pergunta antes de descer para ver a resposta da primeira.

2) Está na hora de eleger um novo líder mundial, e o seu voto conta.

Aqui estão os fatos sobre os três candidatos:

Candidato A - Está associado a políticos corruptos, e consulta com astrólogos. Já teve duas amantes. Fuma como uma chaminé e bebe de 8 a 10 Martinis por dia.
Candidato B - Já foi despedido do emprego duas vezes, dorme até o meio-dia, usava ópio na universidade e bebe um quarto de uma garrafa de whisky todas as noites.
Candidato C - Ele é um herói de guerra condecorado. É vegetariano, não fuma, bebe uma cerveja ocasionalmente e nunca teve nenhuma relação extra conjugal.

Qual destes candidatos você escolheria?

Escolha primeiro e vá descendo para ver as respostas.

Candidato A é Franklin Roosevelt.

Candidato B é Winston Churchill.

Candidato C é ADOLPH HITLER.


Ah! E a resposta para a pergunta do aborto: se você disse sim...

Acabou de matar BEETHOVEN!


Interessante, né? Faz a gente parar para pensar antes de julgar os outros.


Lembre-se: amadores construíram a Arca de Noé; profissionais, o Titanic.

sábado, 27 de agosto de 2011

O grande amor da minha vida


O GRANDE AMOR DA MINHA VIDA



Quando cheguei a pensar que  
Jamais amaria novamente,
Você surgiu em minha vida.

Mansamente foi entrando em meu
Coração e com seu jeitinho meigo
E sensível prendeu minha atenção,
Despertando em mim uma vontade
Louca de amar.

Você fora como uma bomba poderosa
Implodindo o muro que eu havia
Construído em torno do meu coração.

Como um pássaro frágil e indefeso
Caí em sua armadilha; submisso
Aos seus caprichos, indefeso diante
De teu desejos; meu corpo foi seu
Porto onde desembarcavas seus sonhos
E fantasias, meus lábios saciaram sua
Fome e os meus sentimentos o seu prazer.

Ao seu lado pude aprender o quanto
Ainda sou pequeno diante de minhas
Emoções; e hoje posso com muita certeza
Afirmar que você é e sempre será o
Grande amor de minha vida...

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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Assembleia das ferramentas


Assembleia das ferramentas



            Contam que na carpintaria houve uma vez uma estranha assembleia. Foi uma reunião das ferramentas para acertar suas diferenças.
           O martelo exerceu a presidência, mas os participantes lhe notificaram que teria de renunciar. A causa? Fazia demasiado barulho e, além do mais, passava todo o tempo golpeando. O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso, dizendo que ele dava muitas voltas para conseguir algo. Diante do ataque, o parafuso concordou, mas por sua vez pediu a expulsão da lixa. Dizia que ela era muito áspera no tratamento com os demais, entrando sempre em atrito. A lixa acatou, com a condição de que se expulsasse o metro, que sempre media os outros segundo a sua medida, como se fora o único perfeito. O metro disfarçou sua fúria e, arrogantemente, apontou para a plaina:
— Muito bem, disse ele, se eu sair a plaina também sai! Afinal, ela só vive tirando lascas dos outros!
          — Eu?! — disse a plaina — Então, imagine o serrote! Ele sim, vive cortando, serrando tudo!
         Quando a discussão estava ficando bastante acalorada, com uns apontando os defeitos dos outros, ouviu-se um ruído na porta da carpintaria.
            Era o carpinteiro que estava chegando para mais um dia de atividades. Entrou, juntou o material e iniciou o seu trabalho. Pacientemente, pegou uma tábua cheia de imperfeições e pôs-se a passar a plaina, até que ficasse bem nivelada. A seguir, utilizou a lixa com destreza, polindo a superfície áspera e deixando-a bem lisinha. Em seguida, mediu as proporções da madeira e serrou-a cuidadosamente; uniu as partes da madeira, fixando-as com parafusos e firmou-os com leves batidas do martelo.
Finalmente, a rústica madeira se converteu num fino móvel.
            Quando a carpintaria ficou novamente só, as ferramentas reativaram a discussão.
            Foi então que o serrote tomou a palavra e disse:
          — Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalha com nossas qualidades, com nossos pontos valiosos. Assim, não pensemos em nossos pontos fracos e concentremo-nos em nossos pontos fortes.
            A assembleia entendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial para limar e afinar as asperezas, o metro era preciso e exato, a plaina alisava e o serrote dividia  em proporções exatas.
          Sentiram-se então como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade e ficaram felizes pela oportunidade de trabalharem juntos. Ocorre o mesmo com os seres humanos. Basta observar e comprovar. Quando uma pessoa busca defeitos em outra, a situação torna-se tensa e negativa. Ao contrário, quando se busca com sinceridade os pontos fortes dos outros, florescem as melhores conquistas humanas.

“É fácil encontrar defeitos. Qualquer um pode fazê-lo. Mas encontrar qualidades, isto é para os sábios.”


(A.D.)

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A esposa eficiente


A esposa eficiente

  
O marido chega a casa às 18h e diz à mulher que teria uma reunião às 22h, mas que ele não iria pois considerava isto um abuso. Mas a mulher, preocupada com o marido, o convence que o trabalho é importante.

O marido então vai tomar um banho para se preparar e pensa: "Foi fácil enganá-la!" Como toda mulher, quando o homem entra no banho ela revista o bolso de seu paletó e encontra um bilhete onde estava escrito:

"Amor, estou esperando por você para comermos um pato ao molho branco. Beijão, Patifalda".

Quando o marido sai do banho encontra sua mulher com uma roupa sensual e toda fogosa. O marido não perde tempo e parte para o rala e rola. A mulher lhe dá um trato tão bom que o marido adormece. Quando vai chegando a hora, a mulher acorda o marido, que não quer mais ir à reunião, mas novamente ela o convence.

Ao chegar à casa da amante, o marido cansado diz a ela que trabalhou muito e que só iria tomar um banho e descansar um pouco. Como toda mulher, ao entrar no banho revista o bolso de seu paletó, e encontra um bilhete onde estava escrito: "Querida Patifalda, o pato foi, mas o molho branco ficou todo aqui. Beijão, a esposa."

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Menina e moça


Menina e moça


 
Tu, que és uma criança
E que enlevada sorris
À tentadora esperança
De ser amada e feliz:

Sê formosa; entre as formosas
Reina e brilha, se puderes:
Que a beleza nas mulheres
É como o viço nas rosas.

Sendo bonita e mais nada
Cumpre a mulher com fulgor
Sobre a terra iluminada
O seu destino de flor.

Sê bondosa; entre as melhores;
Sê a melhor, se puderes:
Que a bondade nas mulheres
É como o aroma nas flores.

Meiga, formosa, querida,
Ama e sê amada: o amor
Na areia solta da vida
Brota roseiras em flor.

Serás feliz? Ai, não queiras
Ser feliz: às mais ditosas
Brotam mágoas entre as rosas
Como espinhos nas roseiras...

Tu, que és quase uma criança
E acreditas quanto diz
A enganadora esperança
De ser amada e feliz.

Sê resignada: a roseira
Que mais viça e mais prospera
Dá rosas na primavera
E espinhos a vida inteira...


(Vicente de Carvalho – Poemas e canções)